quinta-feira, 22 de julho de 2010

Passar trote para 190 e 193 pode sair caro

Carol Asthine

A Lei 5.784/10, sancionada nesta última segunda-feira, definiu que a partir de agora quem passar trote para os serviços telefônicos de atendimento de emergência da Polícia Militar e Bombeiros terá que ressarcir o Estado.
A lei vale para todo o Estado do Rio e quem gosta de atrapalhar a vida dos profissionais da PM e dos Bombeiros com telefonemas falsos, deve ficar atento. Em Teresópolis, por exemplo, os telefonemas pelo Corpo de Bombeiros são gravados e por isso, o número de falsas chamadas tem diminuído bastante. “Somos pioneiros em gravações telefônicas no Estado do Rio e tem dado certo. O número de trotes diminuiu bastante depois que adotamos este sistema”, afirma o Tenente Eller.
Segundo dados do Comando-Geral em todo ano de 2009 foram 39 trotes registrados e neste ano, até o dia 10 de junho 17 chamadas falsas foram identificadas. A maioria dos trotes ocorre no verão, e de acordo com a assessoria chegam a ser comuns telefonemas com cantadas de pessoas que têm fantasias com homens fardados.

A Polícia Militar também tem um alto índice de falsos avisos, cerca de 45% das chamadas são falsas. A cada 10 ligações, somente 4 são verdadeiras.
Para quem liga para o 193 ou 190 sem motivo, precisa saber que para cada atendimento há um custo. Independente do carro, pequeno ou grande, é gerado um valor a ser pago pelo o Estado. Esse valor deverá ser ressarcido por quem fez a ligação, desde os custos de atendimento e triagem das chamadas até os custos dos deslocamentos das equipes através da conta telefônica.
A lei já está valendo para todo o Estado do Rio, mas segundo o Tenente Eller, da brigada de Teresópolis, ainda falta uma regulamentação interna na cidade para calcular os valores de cada saída de emergência. “Através desta regulamentação interna é que saberemos os valores destinados a cada chamada, por isso, não temos como calcular ainda quanto seria o ressarcimento” afirma o Tenente.

O autor do projeto é o deputado estadual Flávio Bolsonaro, ele afirma que a intenção é melhorar a qualidade do atendimento prestado à população e fazer com que os pais esclareçam aos seus filhos que essa prática é errada, visto que elas são as principais responsáveis pelos trotes.

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